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Uma década de histórias: conheça as coberturas que atravessaram para sempre a carreira e a vida de jornalistas no g1 Presidente Prudente e Região

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Profissionais compartilham experiências marcantes nos bastidores de coberturas jornalísticas feitas pelo maior portal de notícias do Oeste Paulista, ao longo de 10 anos. Entre blocos de anotações, chamadas ao telefone, xícaras de café e olhares atentos aos monitores, histórias do Oeste Paulista ganham as telas dos aparelhos e até do noticiário televisivo da TV Fronteira há 10 anos pelas mãos dos profissionais que integram o Portal g1 Presidente Prudente e Região. Dedicar uma década inteira a ouvir e a contar histórias é uma tarefa complexa, sobretudo, pelo fato de os enredos da vida real não se assemelharem àqueles descritos pelos livros infantis, os quais geralmente terminam com final feliz. Ser jornalista é, muitas vezes, ter de guardar a emoção no bolso para cumprir a missão de levar informação às pessoas. É recordar acontecimentos que ainda ecoam na memória e no coração daqueles que tiveram suas vidas atravessadas por eles, inclusive, a dos próprios jornalistas, que a todo momento são visitados pelo ser humano que habita o revés da carcaça regida pela função. Fato é que poucos têm a sensibilidade de perceber que o jornalismo também é feito de histórias por trás dos bastidores, e são elas que você vai conhecer agora. Reportagem especial celebra os 10 anos do Portal g1 Presidente Prudente e Região ‘Inesquecível que ninguém quer lembrar’ Uma década também é o tempo que separa uma das maiores tragédias do Oeste Paulista à série de reportagens especiais produzidas pelo g1 Presidente Prudente e Região sobre o caso, publicadas entre os dias 19 e 22 de janeiro de 2016. A primeira delas, intitulada “Uma década depois, maior tragédia do Oeste Paulista segue viva na memória”, foi escrita pela então jornalista do portal Heloise Hamada e ilustrou as lembranças marcantes que autoridades envolvidas tinham sobre o fato. O acidente entre dois ônibus de uma mesma empresa, que matou 32 pessoas e deixou 21 lesionadas, aconteceu na noite do dia 22 de janeiro de 2006, quando a pista da Rodovia Raposo Tavares (SP-270) ainda era simples e não tinha duplicação. Um dos ônibus, que tinha 38 passageiros, seguia de Bauru (SP) com destino a Presidente Prudente. Já o outro, havia saído de Colorado (PR), tinha como destino São Paulo (SP) e transportava 13 pessoas. Foi na pista do sentido capital-interior que as frentes dos veículos, pertencentes à mesma companhia de transportes, se fundiram. O impacto prensou os corpos dos dois motoristas nas ferragens e matou, principalmente, os passageiros das poltronas frontais. Uma tragédia que ficou marcada na história. Jornalista Heloise Hamada relembrou tragédia envolvendo dois ônibus de uma mesma empresa Reprodução/TV Fronteira “Certamente, essa série me marcou muito porque, na época do acidente, eu nem imaginava ser jornalista e apenas lembrava do que havia sido noticiado pela imprensa”, recordou Heloise Hamada ao g1. Após um planejamento que durou meses, à repórter foi dada a missão de realizar as pesquisas iniciais. Segundo ela, como o g1 Presidente Prudente e Região não existia na época do acidente, não havia arquivo próprio, motivo pelo qual teve de recorrer aos materiais documentados pelos telejornais da TV Fronteira, além de outras fontes. “Passei dois dias inteiros no Museu e Arquivo Histórico ‘Prefeito Antônio Sandoval Netto’ também analisando o que havia sido noticiado pela imprensa local. Olhei cada edição no período de dois anos a partir do dia do acidente. Fui anotando nomes e já também separando o material para os outros repórteres”, relembrou. Com a pesquisa feita e os personagens escolhidos, os profissionais deram início à produção da série especial. Heloise retratou as investigações da Polícia Civil, por meio de entrevista com o delegado responsável pelo caso, e como foi o atendimento no local do acidente, com um bombeiro, uma médica e uma enfermeira. O trabalho rendeu três reportagens ricas em detalhes, emoção e respeito pela história. Batida frontal matou 32 pessoas e deixou 21 lesionadas, em 22 de janeiro de 2006 Reprodução/TV Fronteira A persistência também foi um fator essencial para que a reportagem ganhasse vida, já que, no momento do contato, os entrevistados que fizeram o atendimento das vítimas no local do acidente estavam em diferentes partes do país, de Presidente Prudente ao litoral de São Paulo e Pará. O que a jovem repórter não esperava é que eles fossem retratar, com mais ainda emoção, os detalhes daquela noite. “Todos ficaram muito emocionados com todas as lembranças. Foi algo que marcou demais cada um deles e de forma diferente. Acho que com esses relatos foi possível reconstruir o que aconteceu naquela fatídica noite na perspectiva de quem trabalhou”, afirmou ao g1. As demais reportagens complementaram a história: os sobreviventes, os familiares que ingressaram com ação indenizatória na Justiça e como o caso ainda se arrastava nesses dez anos, além das mudanças na rodovia, materiais assinados pelos então repórteres do portal Wellington Roberto, Stephanie Fonseca e Mariane Peres. Histórias de sobreviventes, familiares das vítimas e profissionais foram retratadas em série especial do Portal g1 Reprodução/TV Fronteira Para Heloise, a série especial foi um exemplo de como trabalhar a sensibilidade durante a abordagem com os entrevistados, porque cada um foi afetado de alguma forma pelo ocorrido, “alguns com feridas abertas”. “É preciso ter mais sensibilidade ainda para transformar em texto. E os dois textos que eu escrevi foram difíceis. É preciso ter respeito com o que cada entrevistado contou em qualquer matéria, mas nem todas exigem transformar emoções em palavras”, ressaltou a agora jornalista da Câmara Municipal de São Paulo. Ela ainda defende que, para além de um registro, a série é uma forma de documentar novamente o fato, com novas perspectivas, novos desfechos. “Não é apenas trazer uma tragédia à tona novamente. É como eu escrevi em uma das reportagens: ‘o inesquecível que ninguém quer lembrar’. Mas não querer lembrar não significa apagar o que aconteceu. A vida sempre segue, apesar da tragédia. A vida sempre segue e é preciso mostrar isso também”, concluiu ao g1. Hamada afirma que série de reportagens foi um exemplo de como trabalhar a sensibilidade com os entrevistados Reprodução/TV Fronteira Jornalismo humano E quando o desenvolvimento de uma reportagem desperta o sentimento de privilégio, mas, ao mesmo tempo, de medo? Essa foi a dualidade que a jornalista Aline Costa sentiu na pele durante a série especial que marcou os 20 anos de uma chacina que matou cinco jovens, em Teodoro Sampaio (SP), no dia 3 de julho de 2001. Os corpos das vítimas, com idades entre 17 e 23 anos, foram encontrados na área de uma fazenda que fica nas imediações do Cemitério Municipal. Não se sabe quem foram os autores do crime nem por que os jovens foram executados, todos com golpes na cabeça e no pescoço praticados com um objeto cortante. Vítimas da chacina em Teodoro Sampaio (SP), da esquerda para a direita: Carlos Henrique de França, Jaqueline dos Santos Zacarias, Lucylene Medeiros de Souza, Lucicleide de Lima Souza e Wilson Alves da Silva Reprodução Cinco vidas perdidas. Cinco famílias devastadas. Vinte anos que se passaram sem qualquer esclarecimento sobre o ocorrido. A série, assinada também pelos jornalistas Gelson Netto, Heloise Hamada e Stephanie Fonseca, mostrou como essa falta de respostas ainda marcava a vida das pessoas que tiveram de lidar com perdas inesperadas e brutais, além de um desafio maior: a dúvida. “O privilégio foi por ter sido incumbida de tratar da parte mais sensível dessa história. E o medo foi pelo mesmo motivo. Saber que eu faria aquelas famílias reviverem novamente tamanha dor me assustava. Mas foi justamente esse misto de sensações e sentimentos que me permitiu conhecer, mesmo que superficialmente, a história de duas famílias incríveis”, revelou ao g1 a repórter Aline Costa. Após duas décadas, revisitar todos os arquivos que já haviam sido publicados pela imprensa, além de refazer o contato com as famílias, a polícia e a Justiça foi uma das partes mais desafiadoras do processo, de acordo com ela. O trabalho ainda se estendeu a visitas às casas das famílias, ao cemitério e ao local onde ocorreu o crime, além da organização das datas das gravações, já que se tratava de uma reportagem multimídia, e até mesmo das informações obtidas durante as pesquisas, algo que a atual jornalista da TV Fronteira classificou como um “trabalho de formiguinha”. Chacina que vitimou jovens, com idades entre 17 e 23 anos, completou 20 anos em 2021 Reprodução/TV Fronteira “Conversei com duas mães guerreiras, que lutaram desde sempre pelos seus filhos. Quanto sofrimento vi nos olhos e nas palavras de cada uma. Quanta saudade, lembranças, sonhos interrompidos […]. Elas se abriram para mim. Choraram comigo. Desabafaram. Me agradeceram por não esquecer e não deixar que ninguém esquecesse de tudo o que tinha acontecido havia 20 anos”, contou. Ao passo em que a história dos jovens e de suas famílias voltava a preencher as linhas do documento virtual, a jornalista viu o medo dar lugar à certeza de que aquela tragédia não podia ser esquecida. Pessoalmente para Aline, a série representou um divisor de águas em sua carreira profissional. “Naquelas entrevistas, eu tive a certeza de que eu só faria um jornalismo humano. Menos que isso não me cabia mais. Me fez melhor como profissional e, principalmente, como pessoa. Mas o mais importante era que sempre tive em mente que aquilo ali era sobre uma luta jamais vencida. E que não pode ser esquecida”, enfatizou ao g1. Série especial do Portal g1 retomou frustração de familiares e autoridades com a falta de respostas sobre o caso Reprodução/TV Fronteira Seis reportagens abriram a home do Portal g1 Presidente Prudente e Região naquele 1º de julho de 2021. Histórias que vão desde a retomada do fato em si até os resquícios da fatalidade na memória de um policial aposentado, a frustração de um promotor de Justiça ao ter de arquivar o caso e a dor avassaladora das famílias ao perder, de forma prematura, jovens tão amados. Na casa de Francisneide Alves Lacerda, mãe de Wilson Alves da Silva, uma das vítimas da chacina, à época com 19 anos, o quarto do filho ainda permanecia o mesmo. Assim que a repórter adentrou o cômodo, foi tomada pela emoção ao ver as roupas do rapaz, que mantinham viva a memória dele naquela casa. Retratar as dores dessas famílias, com o máximo de cuidado e carinho, foi algo pensado pelo portal, ainda de acordo com a repórter. “Um trabalho digno de uma equipe dedicada, sempre supervisionada por um coordenador competente”. “Para mim, essa é a missão de um jornalista. Quando não for possível mudar a história de alguém, que pelo menos a gente consiga provar que nenhuma dor é insignificante”, pontuou. Durante as entrevistas, Aline Costa teve a certeza de que só faria jornalismo humano Arquivo/g1 Reviver a dor “A reportagem me deu a chance de causar incêndios sem fogo e espernear contra as injustiças do mundo sem ir para a cadeia. Escrevo para não morrer, mas escrevo também para não matar”. A reflexão, da renomada jornalista brasileira Eliane Brum, revela uma das essências do jornalismo: a sensibilidade. Guiado por ela, o repórter Leonardo Bosisio trouxe à tona os desdobramentos do primeiro ataque do crime organizado a uma autoridade do Poder Judiciário. Em 2023, exatos 20 anos depois do assassinato do juiz Antônio José Machado Dias, o g1 voltou ao local onde o magistrado foi executado por integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Juiz Antônio José Machado Dias foi morto em 14 de março de 2003 por integrantes de uma facção criminosa Arquivo/TV Fronteira A equipe refez todo o trajeto que o magistrado percorreu na noite de 14 de março de 2003, ocasião em que Machadinho, como era carinhosamente chamado por amigos, dispensou a escolta policial, que sempre o acompanhava, e foi atingido por quatro disparos de arma de fogo, na região central de Presidente Prudente, após ter cumprido mais um dia de trabalho no Fórum. “Foi um trabalho complexo conseguir contar com detalhes, depois de 20 anos, o que aconteceu e qual foi o desfecho dessa história, mas, com certeza, é muito marcante voltar no tempo e contar sobre esse crime que chocou o Oeste Paulista e mostrou, infelizmente, quão grande o crime organizado estava ficando”, observou Bosisio ao g1. Reviver a tragédia não foi só o desafio que o jornalista teve de enfrentar. Como na época do crime não existia o g1 Presidente Prudente e Região, poucas eram as informações disponíveis sobre o caso. Ele, então, recorreu aos arquivos da TV Fronteira e fez contato com órgãos oficiais, autoridades e moradores do local para construir o texto. Equipe do Portal g1 refez o trajeto que o magistrado percorreu na noite de seu assassinato Arquivo/TV Fronteira Uma das cenas mais marcantes durante o processo de apuração, segundo o jornalista, foi a entrevista com o aposentado Aparecido de Oliveira Camargo, que trabalhou com o juiz no Fórum da Comarca de Presidente Prudente, e mora na rua onde tudo aconteceu. Ele foi uma das primeiras pessoas a ver o corpo de Machado Dias e, muito emocionado, contou detalhes de como descobriu a morte do amigo. “Nunca é legal ver aquela pessoa que você está entrevistando chorar diante da câmera ao relembrar o passado, porém, é necessário mostrar a dor que aquele crime causou e ainda deixa marcas nas pessoas da cidade”, afirmou o repórter. Apesar da dor de tocar novamente em uma ferida que, talvez, nem tenha se fechado, mesmo após duas décadas, participar de todo o processo de apuração e desenvolvimento da reportagem multimídia marcou a carreira do jornalista. “Com certeza, casos assim nos tornam mais humanos e nos relembram do nosso papel de mudança social e de dar voz às pessoas”, concluiu ao g1. Para Bosisio, entrevista com o aposentado Aparecido de Oliveira Camargo foi marcante durante a produção da reportagem especial Rodrigo Marinelli/g1 Força maior Agora, peço licença aos leitores para assumir o protagonismo deste tópico, que tratará de um dos mais trágicos e violentos episódios da história centenária de Presidente Prudente, o qual eu, Bárbara Munhoz, recuperei após 20 anos: a morte da jovem Mariana Braga da Costa. Ela comemorava o ingresso no curso de engenharia ambiental em uma festa de calouros no campus local da Universidade Estadual Paulista (Unesp), quando foi vítima de um disparo de arma de fogo na cabeça, em 22 de fevereiro de 2003. A bala perdida levou os sonhos e a alegria da jovem, à época, com apenas 18 anos. Quatro pessoas foram atingidas pelos disparos, incluindo Mariana, que chegou a ser socorrida em estado grave e levada para a Santa Casa de Misericórdia, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Para a família, restou a sina de lidar com uma perda tão prematura e inesperada. Mariana Braga da Costa foi assassinada durante uma festa de calouros, em 22 de fevereiro de 2003 Arquivo pessoal Fazia sol quando eu estacionei a viatura do Portal g1 Presidente Prudente e Região em frente à sede da “Missão Mariana Braga”, na Vila Maristela, para uma entrevista com o tio da jovem, o missionário Astromar Miranda Braga. Assim que adentrei o recinto, carregando os equipamentos para a gravação da entrevista, percebi o poder transformador da dor. Sim, da dor. Naquele contexto, a família transformou a realidade de uma comunidade a partir da perda de um ente querido, e isso não poderia ser mais altruísta. “Mais amor, menos dor” era o lema que estampava as paredes do prédio e fazia jus ao trabalho desenvolvido pelo movimento criado após a morte de Mariana. Foi impossível não se emocionar ao ouvir o tio relembrar, com lágrimas nos olhos, como era a vida ao lado da jovem, descrita por ele como uma pessoa carinhosa e bondosa, e como tudo aconteceu naquela fatídica noite. Os detalhes, tão vívidos em sua memória, me fizeram perceber a marca que a jovem deixou na vida de todos, mesmo após a sua partida. Quem ela era e o que a sua morte representou não podiam ser esquecidas, e eu fazia questão de que as pessoas também se lembrassem dela e de sua família por meio do meu trabalho. Esse era o meu compromisso. Movimento Mariana Braga, na Vila Maristela, em Presidente Prudente (SP), nasceu com a perda da jovem Cedida/Movimento Mariana Braga Lembro-me de que revirei todos os arquivos da TV Fronteira para me aprofundar na história, já que, em 2003, eu tinha apenas quatro anos, e, assim como o problema acima detectado pelos colegas, ainda não existia o portal, portanto, sem registros. Os dias seguintes à primeira entrevista também foram ensolarados. Eu, mais uma vez, fiz o trajeto até a sede da Missão Mariana Braga, desta vez, para falar com os pais e a irmã da jovem, Mário, Márcia e Marina Braga, respectivamente. O coração batendo forte e o suor molhando a blusa denunciavam o nervosismo que eu sentia só de imaginar fazer com que aquela família revivesse todas as emoções novamente. Violenta e trágica morte de Mariana Braga choca Presidente Prudente (SP) mesmo após duas décadas Reprodução/TV Fronteira No entanto, assim que começaram a falar, uma paz invadiu o ambiente. Não sou religiosa e tampouco arrisco dizer que sei descrever a dor pela qual os Bragas passaram, mas eles falavam com tanta convicção sobre o propósito que nasceu dessa tragédia e que, um dia, eles iriam se reencontrar “no céu”, que era impossível duvidar de que, ali, havia uma força maior. Movida por essa “força estranha”, se me permitem parafrasear o verso imortalizado na voz de Gal Costa, eu segui, dia após dia dedicada àquele material, àquela causa. Eu fui inspirada e gostaria que os leitores sentissem ao menos 10% do que eu senti ao contar essa história, marcada pela tristeza, sim, mas também pela resiliência, pelo amor, pela empatia. Fiz contato com amigos da jovem, hoje, já mais velhos, com famílias constituídas. Contatei, ainda, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), a Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo (SAP), a própria diretoria da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Unesp, tudo para entender quais mudanças haviam ocorrido após a partida prematura de Mariana Braga. Os pais de Mariana, Mário e Márcia, com o padre da Paróquia de Nossa Senhora do Carmo, Rodrigo Gomes (centro) Cedida/Movimento Mariana Braga Junto com o colega de portal, Rodrigo Marinelli, voltei até o palco dos acontecimentos: o local exato da festa, no campus da universidade, em Presidente Prudente, onde a recém-ingressa no curso de engenharia ambiental comemorava a aprovação no vestibular. Estar ali, naquele dia chuvoso, mas estranhamente quente, me fez refletir sobre quantas possibilidades a estudante poderia ter desbravado naquele espaço. Quem Mariana Braga se tornaria? Qual carreira escolheria? O que estaria fazendo hoje? Confesso que mergulhar de cabeça nesse episódio me trouxe um misto de sentimentos: revolta, amor, tristeza, doação. Fiquei tão compenetrada na história que cheguei a levar materiais para casa. Ao passo em que decupava as longas entrevistas, rabiscava, numa folha posta sobre a mesa de cabeceira, as melhores palavras para homenagear a história da jovem e de sua família. Não sei se, um dia, esse texto chegará aos Bragas, mas gostaria de que eles soubessem o quanto esse trabalho me transformou pessoal e profissionalmente. Desde esse dia, eu tento olhar o mundo mais com os olhos de Mariana Braga. Família Braga, da esquerda para a direita: Mariana, Mário, Marina e Márcia Arquivo pessoalVeja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.
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Fonte: G1


01/11/2023 – 95 FM Dracena

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