[ad_1]
Certificação pelo Ministério da Saúde ocorreu nesta quarta-feira (7), no auditório da Fundação Oswaldo Cruz, em Brasília (DF). Presidente Prudente (SP) recebeu certificado de município livre da transmissão vertical do HIV nesta quarta-feira (7)
Getty Images via BBC
No auditório da Fundação Oswaldo Cruz, em Brasília (DF), Presidente Prudente (SP) recebeu o certificado de município livre da transmissão vertical do HIV, nesta quarta-feira (7). A cidade é a quarta do país a ser reconhecida pelo Ministério da Saúde. Anteriormente, apenas São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Umuarama (PR) possuíam a certificação.
O certificado foi concedido pelo diretor do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, Gerson Fernando Mendes Pereira, e recebida pela secretária municipal de Saúde, Márcia Lima Dantas, e pelo farmacêutico do programa DST/Aids – Ambulatório Médico Municipal, Jefferson Saviolo.
Para a secretária, a certificação é uma grande conquista e o reconhecimento de um trabalho de anos.
“O reconhecimento pelo Ministério da Saúde reflete a excelência do trabalho que vem sendo realizado pela rede municipal de saúde para impedir o avanço da transmissão do HIV de mãe para filho durante a gestação, lembrando que o último caso de transmissão vertical de HIV no município foi registrado em 2008. Estamos muito felizes”, afirmou Márcia Lima Dantas.
Transmissão vertical
A transmissão vertical ocorre quando a criança é infectada por alguma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) durante a gestação, o parto e, em alguns casos, durante toda a amamentação.
Todas as gestantes e seus parceiros sexuais devem ser investigados para IST durante o pré-natal e no momento do parto, especialmente para o HIV, a sífilis e as hepatites virais B e C.
Ao mesmo tempo, devem ser informados e orientados sobre as possibilidades de prevenção, bem como sobre a possibilidade de riscos da prevenção da transmissão vertical para a criança quando a gestante é infectada, especialmente de HIV/Aids, sífilis e hepatites virais B e C.
Sobre a certificação
Para obter a certificação, é necessário que o município atinja os indicadores de impacto, que se referem aos últimos três anos da análise, como a taxa de incidência de novas infecções de HIV em criança, por ano de nascimento (menor ou igual a 0,3) e a proporção anual de crianças infectadas pelo HIV entre as crianças expostas acompanhadas pela rede SUS (menor que 2%).
Conforme os critérios do Ministério da Saúde, são avaliados: a qualidade dos programas e serviços de saúde; a vigilância epidemiológica; os laboratórios; as questões referentes ao respeito aos direitos humanos, igualdade de gênero e a participação da comunidade.
Presidente Prudente (SP) recebeu certificado de município livre da transmissão vertical do HIV nesta quarta-feira (7)
Cedida
VEJA TAMBÉM:
Para certificação contra o HIV, equipe do Ministério da Saúde realiza vistorias técnicas em unidades de Presidente Prudente
Trabalho articulado
Para o farmacêutico Jefferson Saviolo, a eliminação da transmissão vertical do HIV no município é resultado de um trabalho multidisciplinar e articulado.
“O ambulatório é a ponte. Geralmente, a identificação de que se trata de uma gestante com HIV acontece nas unidades de saúde, que encaminham a paciente para o DST/Aids, onde ela é consultada por um infectologista e o tratamento com a medicação é iniciado em menos de sete dias, tempo muito inferior ao registrado em outras redes, conforme foi apontado pelo Ministério da Saúde”, explicou o farmacêutico do programa DST/Aids.
Segundo Saviolo, a gestante, por protocolo, deve ser encaminhada ao Hospital Estadual, local de referência para estes casos e também para a realização do parto.
“Até que a vaga no Hospital Estadual seja garantida, a gestante inicia o tratamento aqui no DST/Aids. Conseguida a vaga no HE, o acompanhamento é concomitante com a unidade de saúde de origem, UBS ou ESF. Quando ela deixa de ser gestante, o tratamento e acompanhamento da paciente passa a ser realizado no DST/Aids/ Ambulatório Médico Municipal”, ressaltou.
Ainda conforme o farmacêutico, um dos diferenciais do serviço municipal é a doação estendida da fórmula láctea para as crianças expostas ao HIV. O preconizado pelo Ministério da Saúde são os primeiros seis meses, porém, de acordo com a Prefeitura, o município garante a entrega do leite e o acompanhamento médico até que a criança complete um ano de idade.
Desde 2018
De acordo com a Prefeitura, o processo para a certificação de Presidente Prudente começou a ser pleiteado pela equipe do DST/Aids – Ambulatório Médico Municipal em 2018. Durante este período, várias etapas foram realizadas. Uma das últimas aconteceu em julho de 2022, quando a cidade recebeu a equipe Nacional de Validação do Ministério da Saúde para vistoriar as unidades de saúde locais.
Durante a visita do grupo, foram reafirmados os bons indicadores que o município possuía, sinalizando que a certificação aconteceria. A confirmação aconteceu no dia 9 de novembro de 2022, por meio de ofício enviado pelo Ministério da Saúde.
“A cidade possui indicadores muito favoráveis, como cobertura de pré-natal acima de 95%, realidade que desponta em comparação a outros municípios, taxas de incidência em nível baixo, que demonstra o cuidado das equipes, ou seja, dos agravos que podem ser evitados com cuidados à gestante e que garante saúde às crianças”, declarou o farmacêutico e analista técnico de Políticas Sociais do Ministério da Saúde, Esdras Daniel dos Santos.
Presidente Prudente (SP) recebeu certificado de município livre da transmissão vertical do HIV nesta quarta-feira (7)
Eduardo Andrade
‘Prêmio Luiza Matida’
Na segunda-feira (5), Presidente Prudente também recebeu a 4ª edição do “Prêmio Luiza Matida”, concedido a 236 municípios de São Paulo que atingiram indicadores selecionados para a redução ou eliminação da transmissão vertical do HIV e/ou sífilis.
A premiação integrou a 7º Semana Paulista de Mobilização contra a Sífilis e Sífilis Congênita: “Os desafios da eliminação da sífilis congênita – teste, trate e cure a sífilis adquirida”.Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.
[ad_2]
Fonte: G1