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A Polícia Civil do Estado de São Paulo abriu um inquérito para investigar as circunstâncias que levaram ao disparo de um tiro contra o carro que era conduzido pelo empresário José Lemes Soares, que também é candidato a deputado federal pelo Podemos, na madrugada desta sexta-feira (9), em Santo Expedito (SP).
De acordo com o Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia Participativa, em Presidente Prudente (SP), o carro que Soares dirigia foi atingido por um tiro, na janela do motorista, quando trafegava pela Rodovia Júlio Budiski (SP-501).
O disparo teria sido feito por uma pessoa que ocupava um outro veículo que passou ao lado do carro conduzido pelo empresário.
No entanto, ainda segundo o Boletim de Ocorrência, Soares não conseguiu identificar o modelo nem a placa do veículo no qual estava o atirador.
A Polícia Científica periciou o carro do empresário e encontrou um projétil de arma de fogo na janela do motorista.
Soares, que divulgou uma nota oficial sobre o caso dizendo-se vítima de um “atentado”, não foi atingido pelo tiro nem ficou ferido.
O carro que ele dirigia foi apreendido administrativamente pela Polícia Militar.
A Polícia Civil registrou o caso como disparo de arma de fogo de autoria desconhecida.
Carro conduzido por empresário por atingido por tiro em Santo Expedito (SP) — Foto: Cedida
Após o susto, o empresário foi medicado e passa bem.
Soares contou que, durante a madrugada, após ter sido perseguido, conseguiu parar o carro e se esconder às margens da rodovia, em Santo Expedito. Ele disse que entrou em contato com a Polícia Militar e um Boletim de Ocorrência foi registrado.
O empresário, que tem 35 anos de idade e atua no ramo de transportes, alega que sua família é ameaçada por traficantes, desde 2017, porque a sua mãe é dependente química e mantinha contato com integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Soares contratou uma equipe de investigadores para monitorar os traficantes e chegou a pagar um hacker para invadir o telefone de sua mãe para conseguir saber o conteúdo das mensagens dos vendedores de drogas. Em um dos grampos, o empresário descobriu um plano para matá-lo.
Na nota divulgada nesta sexta-feira (9), Soares afirma que os traficantes queriam impedir que ele interditasse a própria mãe e pontua que só com cocaína ela gastava R$ 20 mil por mês.
Durante a investigação privada contratada por Soares, até mesmo uma escuta foi colocada na casa de uma das traficantes.
Soares alega que começou a ser ameaçado depois que os traficantes souberam que ele os estava investigando, inclusive plantando escutas e monitorando com detetives a rotina deles.
A delegada seccional da Polícia Civil na região de Presidente Prudente, Ieda Maria Cavali de Aguiar Filgueiras, afirmou ao g1 que um inquérito foi instaurado para apurar o caso e que todas as providências cabíveis para o esclarecimento do ocorrido em Santo Expedito já estão sendo tomadas pela instituição.
Questionada sobre o possível envolvimento da facção criminosa no disparo do tiro contra o empresário, a delegada disse que a Polícia Civil ainda não pode se manifestar em relação a isso.
“Não podemos nos manifestar, até porque o fato foi registrado hoje [9] e as investigações estão no início. Temos de identificar primeiro a autoria do disparo realizado para, então, verificar se o autor tem relação com a facção criminosa ou não”, concluiu a delegada ao g1.