As investigações foram iniciadas há mais de três meses e, de acordo com a polícia, estão investigando a atuação de uma mulher, de 43 anos, que supostamente exerce a função de “guia do crime organizado”.

Segundo o delegado Edmar Rogério Dias Caparroz, responsável pelas investigações do caso, a investigação busca confirmar o vínculo desta suspeita com uma facção do crime organizado.

“Ela exerce uma função que é denominada guia. Na residência dela foram encontrados diversos controles de visitantes, porque ela administrava toda a parte de visitação tanto do CDP [Centro de Detenção Provisória] de Caiuá, quanto da Penitenciária de Caiuá. Ela faz a logística de transporte, entrada e acomodação dos visitantes. Ela exigia valores dos visitantes para organizar as filas, quem vai visitar primeiro, quem vai visitar por último, controlar toda essa função”, explicou Caparroz ao g1 .

A mulher, conforme a polícia, é suspeita de constranger visitantes das unidades prisionais, coagindo-os, mediante ameaças, a utilizar somente as instalações e alimentações de uma pousada de sua propriedade.

A investigada segue em liberdade.

Já o outro investigado, que foi preso em flagrante, acomodava malas de presos que faziam saídas temporárias. Nestes compartimentos, na residência do envolvido, os policiais encontraram diversos celulares, maconha e dietilamida do ácido lisérgico (LSD).

O homem foi encaminhado a Delegacia Central de Polícia Judiciária, em Presidente Venceslau (SP).

O material durante a operação será analisado para a conclusão do inquérito policial. A pesagem dos entorpecentes ainda não foi divulgada.

A Operação Nuntius recebeu este nome pois, de acordo com a Polícia Civil, “nuntius”, em latim, é uma espécie de guia mensageiro.