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Inquérito policial instaurado para investigar o assassinato de Airton Braz Paião também foi prorrogado. Viúva da vítima ainda não foi intimada. Airton Braz Paião foi morto a tiros na Santa Casa de Presidente Prudente (SP), em 24 de setembro
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A Justiça do Estado de São Paulo prorrogou por mais 30 dias a prisão temporária de um dos suspeitos envolvidos na tentativa de homicídio do fazendeiro Airton Braz Paião, em Iepê (SP), no dia 26 de setembro. O inquérito policial instaurado para investigar o assassinato de Paião, morto a tiros na Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente (SP), no dia 24 de setembro, também foi prorrogado pelo mesmo período.
Segundo informações do delegado responsável pelo caso, Carlos Henrique Bernardes Gasques, a decisão de prorrogar os prazos se deu para a conclusão das investigações.
Ainda conforme Gasques, a esposa da vítima, Elisângela Silva Paião, anteriormente considerada foragida pela polícia, ainda não foi ouvida porque “não foi intimada”.
Relembre o caso
Um homem foi preso, no dia 26 de setembro, suspeito de participar de uma emboscada contra o fazendeiro Airton Braz Paião, em Iepê (SP). A vítima levou quatro tiros na cabeça e uma facada nas costas. Três dias após a emboscada, o fazendeiro foi assassinado a tiros por um policial militar dentro da Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente, onde estava internado.
Paião, que tinha 54 anos, foi vítima de uma tentativa de homicídio no dia 21 de setembro. Três dias depois, o fazendeiro foi morto a tiros pelo soldado Marcos Francisco do Nascimento, de 30 anos, que se matou em seguida.
O homem, que foi preso no dia 26 de setembro, tem 47 anos. Segundo a polícia, a Justiça determinou que a prisão temporária do suspeito seja prorrogada por mais 30 dias (veja detalhes da operação mais abaixo).
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Em entrevista à TV Fronteira, o delegado Carlos Henrique Bernardes Gasques explicou sobre a operação que prendeu temporariamente um suspeito de envolvimento na tentativa de assassinato contra o fazendeiro.
Segundo Gasques, a operação foi deflagrada para prender temporariamente o autor dos fatos, que estaria na cena do crime no dia 21 de setembro. Neste mesmo contexto, também havia sido expedido o mandado de prisão temporária contra Elisângela, esposa da vítima.
Elisângela não esteve presente no velório do marido e, segundo o delegado, o fato chamou a atenção dos policiais, levando-a também a ser investigada.
Gasques detalhou o que teria levado o fazendeiro a ir até o canavial onde ocorreu a tentativa de homicídio, em Iepê.
“Este produtor rural estava mantendo contato, pelo WhatsApp, com uma moça chamada ‘Sara Maria’, mas a polícia já concluiu que essa conta era inexistente, e que essa conta o levou até as proximidades desse canavial. E, lá de dentro, saíram dois indivíduos, encapuzados, desferindo tiros em direção à vítima e uma facada em suas costas. Foi possível concluir esse raciocínio porque a vítima, embora tenha sido alvejada, estava em condições de falar e conseguiu apontar que eram dois indivíduos encapuzados que estavam em um determinado veículo”, complementou o delegado.
“Nós conseguimos fazer essa identificação porque a vítima apontou o veículo supostamente envolvido, aí os investigadores da delegacia conseguiram fazer um trabalho de monitoramento de câmeras de toda a cidade, inclusive do canavial, e chegamos à conclusão que esse veículo era do policial militar. Também conseguimos avançar na investigação que tinha mais uma pessoa dentro do veículo no dia do crime, que é o que nós prendemos hoje”, explicou Gasques na época.
Gasques também falou o motivo pelo qual a polícia procurava a esposa do fazendeiro assassinado.
“Circula na cidade a informação de que a esposa do produtor rural teria um romance com ele [policial militar Marcos Francisco do Nascimento], e ela confirmou para mim, informalmente, que tinha. Porém, o policial militar falou somente que era muito amigo dela e que sabia de coisas que incomodavam [o fazendeiro]. Ela falou também para mim que gostava muito desse policial e que pretendia se separar do seu marido, e aconteceu essa fatalidade”, pontuou.
Na sequência da esquerda para a direita, o soldado policial militar Marcos Francisco do Nascimento, Elisângela Silva Paião e Airton Braz Paião — Foto: Redes sociaisNa sequência da esquerda para a direita, o soldado policial militar Marcos Francisco do Nascimento, Elisângela Silva Paião e Airton Braz Paião
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Ordem de prisão revogada
Uma decisão proferida pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) revogou a ordem de prisão temporária expedida contra Elisângela, suspeita de participar do crime que resultou na morte de seu marido, Airton Braz Paião.
Trata-se de uma decisão liminar no âmbito de um habeas-corpus impetrado pelos advogados Jair Vicente da Silva Junior, José Carlos Mancini Junior e Fellipe Stabelini Anabuki, que trabalham na defesa de Elisângela.
Segundo o advogado Jair Vicente da Silva Junior, a revogação da ordem de prisão temporária se deu, no dia 30 de setembro, pela “ausência dos requisitos legais para aplicação da medida e porque não foi possível extrair do que consta nos autos indícios suficientes de autoria ou participação dela no delito em questão”.
“Necessário dizer que a senhora Elisângela já havia se colocado à disposição da Justiça e assim permanecerá, pois é de seu total interesse a elucidação imparcial e escorreita do acontecido”, disse Silva Junior ao g1 no dia 3 de outubro.
Elisângela era considerada foragida desde o dia 26 de setembro, quando a Polícia Civil havia deflagrado uma operação para dar cumprimento ao mandado de prisão temporária que havia sido expedida pela Justiça contra ela, mas não conseguiu localizá-la.
A prisão temporária valia por 30 dias e ainda podia ser prorrogada por igual período.
Tentativa de homicídio
Paião foi vítima da emboscada no km 116 da Rodovia Jorge Bassil Dower (SP-421), em Iepê. Ele levou quatro tiros na região da cabeça e foi esfaqueado nas costas. A caminhonete dele e um celular foram levados. O veículo foi localizado no dia 22 de setembro.
Depois de ser atingido pelos tiros e pela facada, o fazendeiro caiu no chão e, para se livrar dos agressores, fingiu que estava morto. Quando percebeu que os agressores já haviam saído do local, Paião conseguiu se levantar e pedir ajuda.
Paião foi socorrido e encaminhado para a Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente, onde permaneceu internado até o sábado (24), quando foi assassinado pelo policial militar Marcos Francisco do Nascimento.
O fazendeiro iria passar por uma cirurgia na terça-feira (27) para a retirada dos quatro projéteis de arma de fogo que estavam alojados na cabeça dele.
Crime consumado
O soldado policial militar Marcos Francisco do Nascimento se suicidou depois de assassinar o fazendeiro, na Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente.
Em nota oficial, a Santa Casa informou que o policial havia entrado no hospital para fazer uma visita a um paciente internado.
Quando chegou ao hospital, o soldado disse na portaria que era policial e que queria conversar com o paciente Airton Braz Paião.
Já no quarto hospitalar, o policial disse a uma irmã do fazendeiro que queria conversar com a vítima. Na sequência, Nascimento atirou contra Paião.
Segundo a Polícia Civil, o soldado atirou duas vezes contra o paciente e, em seguida, se matou com um tiro na cabeça.
A arma usada pelo policial foi apreendida para ser periciada.
A perícia da Polícia Científica recolheu a arma usada pelo policial militar, uma pistola de calibre .40, com um carregador e quatro cápsulas deflagradas.
Junto ao corpo do policial militar, foi encontrada uma carta manuscrita, que também foi apreendida.
Ainda foram recolhidos documentos pessoais e a quantia de R$ 32 em dinheiro, que estavam com o soldado.
Policial
O delegado Carlos Henrique Bernardes Gasques contou, em entrevista à TV Fronteira, que o caso ocorrido em Iepê era, inicialmente, tratado como um roubo seguido de lesão corporal grave, ou uma tentativa de latrocínio.
No dia 23 de setembro, através de imagens de uma câmera de monitoramento, a Polícia Civil conseguiu identificar que um veículo de propriedade do policial militar tinha sido utilizado no crime em Iepê.
O soldado prestou depoimento à Polícia Civil e negou envolvimento com o crime. Segundo o delegado, ele disse que não estava com seu veículo no dia da emboscada. Depois de ouvir o soldado, a Polícia Civil decidiu liberá-lo, já na madrugada de sábado (24).
Ainda segundo o delegado, o policial militar era morador de Londrina (PR) e trabalhava em uma unidade da Polícia Militar de São Paulo em Iepê. Quando estava em trabalho, ele dormia na própria unidade policial.
A Polícia Civil relatou que não tinha registro de ocorrência contra o soldado nem relato de violência por parte dele ou notícia de que apresentava problemas na cidade de Iepê.Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.
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Fonte: G1